Robalo

 

 

O robalo é uma das espécies mais apreciadas pelos pescadores desportivos, considerado por muitos o rei do mar. A sua beleza e dimensões fazem dele uma das espécies mais procuradas pelos pescadores, ao que se junta também o seu grande interesse gastronómico. Bastante apreciado na nossa mesa, já fazia parte da gastronomia dos romanos, que apreciavam a cor branca e a delicadeza da sua carne.

Tamanhos: O Robalo pode chegar a atingir 1 metro de comprimento e 12 quilos de peso. No entanto é comum encontrarem-se exemplares até 55 centímetros de comprimento. As fêmeas desta espécie crescem mais depressa do que os machos. O tamanho mínimo legal de captura é 36 centímetros.

 

 

 

Características: Este peixe apresenta um corpo alongado e ligeiramente comprimido, características que fazem dele um nadador muito rápido. O dorso é de cor cinzento-prateado, sem manchas negras e o abdómen é esbranquiçado. O opérculo apresenta uma mancha escura e possui dois espinhos. A boca tem vários dentes fino e a mandíbula inferior é ligeiramente proeminente.

 

 

Habitat: É uma espécie litoral, vivendo sobre fundos tanto arenosos como rochosos e em águas até aos 100 metros de   profundidade. Pode ser encontrado em zonas de águas agitadas, ricas em oxigénio, nomeadamente junto à rebentação das ondas. É uma espécie muito resistente. Tolera grandes variações de salinidade da água, desde os 0,5 aos 40%, podendo assim entrar em estuários e mesmo em lagoas litorais de água doce. Tolera também grandes variações de temperatura, de 2 a 32ºC, mas parece alimentar-se só em águas de temperatura superior a 7ºC. Em águas com uma temperatura acima dos 21ºC torna-se activo à superfície e entre os 15 e os 21ºC estes peixes são encontrados a meia água ou junto ao fundo. Durante o período juvenil formam grandes cardumes, mas os adultos são peixes solitários, juntando-se só em épocas de reprodução.

 

 

 

Reprodução: Exteriormente as fêmeas não se distinguem dos machos. A maturação sexual é atingida aos 2 anos pelos machos e aos 3 anos pelas fêmeas. A maturação das gónadas inicia-se geralmente em Outubro, ocorrendo as posturas entre Janeiro e Março. Existe alguma variação ao longo da costa portuguesa, uma vez que a postura depende da temperatura da água, ocorrendo entre os 9 e os 16ºC. A fecundação é externa sendo os ovos e o esperma lançados para a água. As posturas podem ocorrer em estuários de águas salobras. Durante este período é normal formarem grandes grupos em zonas de baixios.

 

 

 

 

 

Alimentação: O Robalo é um predador voraz que tem uma alimentação muito variada. Captura as suas presas tanto de dia como de noite, tanto junto ao fundo como à superfície. Consoante a zona onde captura as suas presas assim apresenta comportamentos distintos: junto ao fundo fica junto a zonas de redemoinhos ou com correntes, capturando o alimento contra-corrente; perto da superfície ataca, em grupo, os cardumes de peixes pelágicos. Os juvenis alimentam-se de crustáceos tais como o camarão, moluscos cefalópodes (lulas e chocos) e pequenos peixes, tal como o peixe-rei. Os adultos são predadores activos de outros peixes, podendo capturar tanto individuos pequenos em cardume como os de maiores dimensões, capturando de sardinhas e arenques a tainhas e até enguias.

 

 

 

 

 

 

 

Distribuição geográfica: O Robalo encontra-se no Atlântico, desde a Noruega até ao Senegal, incluindo as Ilhas Canárias. Também é comum nos mares Mediterrâneo e Negro. Em Portugal continental pode ser encontrado ao longo de toda a costa. Sesimbra, Peniche, Ericeira e a Foz do Arelho, são alguns dos locais com pesqueiros nos quais se captura anualmente belos exemplares. O Robalo gosta da água rica em oxigénio do rebojo, as zonas de rebentação. Mas o alto mar já tem testemunhado belas pescarias; os gostos variados do Robalo permitem a pesca à boia ou ao fundo porque este predador segue as suas variadas presas.

 

 

 

Épocas: Esta espécie está disponivel todo o ano, mas para quem prefere a pesca em alto mar os melhores mese são os da proximidade da desova, de Novembro a Abril. No resto do ano aposte mais na costa, principalmente no nascer e no por do sol. E não se esqueça: nos dias seguintes a grandes temporais, este caprichoso prémio está mais excitável...e esfomeado.